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TRIO DAS ARAS, PARTICIPAM NA SEGUNDA REUNIÃO DE COMUNICAÇÃO PROMOVIDA POR BLUE DEAL

“Na cidade Tete, de 18 a 20 de Outubro de 2023, foi palco para acolher a mesa redonda da segunda reunião de Comunicação das ARAs, promovida pelo Programa, Blue Deal, Moçambique. O encontro, marcou com a presença da Judith de Jong, enviada da Holanda e especialista que têm vindo a promover esta actividade inserida na componente 3, com foco a melhorar as acções de Comunicação das ARAs. Também, estiveram presentes na reunião, o Oficial deste Programa, Édipo Mirole, representantes do Sector de Comunicação e Imagem das ARAs, Chefes dos Departamentos de Serviços ao Utente (DSU), alguns convidados deste esperado evento.”

A reunião de Comunicação das Administrações Regionais de Águas, (ARAs) em Moçambique, entrou em vigor desde 2022, em Nampula, quando os parceiros de Cooperação dos Países Baixos, promoveram o iniício destas actividades na componente 3 do Programa Blue Deal, tendo sido a ARA Norte, IP a Iª anfitriã. Ao tudo, são 3 ARAs do país, designadamente Sul, Centro e Norte que perfazem trios dos Institutos Públicos (IP) de gestão dos recursos hídricos ao nível destas regiões que representam Moçambique.

Depois da primeira reunião de Comunicação das ARAs que decorreu em Nampula, Tete acolheu a segunda reunião do género para ARA Centro, IP, 2023. Assim sendo, para a materialização deste encontro presencial, marcou com aderência massiva das Delegações, vindos da Holanda, Maputo e Nampula à cidade de Tete.  Todavia, para os participantes, que pela primeira vez aterraram nesta cidade anfitriã, tiveram como cartão de visita, a ponte Samora Machel, uma obra hidráulica implantada sobre o rio Zambeze, desde o tempo colonial com cerca de 1,6 km de cumprimento. Para este evento, a ponte Samora Machel, fez de si uma alusão de conexão memorável entre o meio ambiente com a combinação paisagística esplêndida que se espalha entre as águas do famoso rio Zambeze, onde dela, Tete, faz de uma cidade a beira do rio, para até chegar aos escritórios, Sede da ARA Centro, IP, ou, a represa de areia em Chacalanga aonde os participantes deste encontro precisaram também, fazer uma escalada de visita de trabalho.

A reunião, cingiu-se para potenciar mais conhecimentos pragmáticos na matéria de comunicação as ARAs, a fim de se fortificar as relações de cooperação entre elas através de apresentação de vivências, ou, troca de experiências, trazidas de cada origem, face a sua actuação com a imagem institucional vendida aos utentes de água bruta. No primeiro dia de trabalho, chegado a ARA Centro, IP, o evento marcou o seu início depois da visita as suas instalações, seguido do encontro de cortesia, com o Director Geral (DG) deste IP, Custódio Vicente, em sua Sede. Já no encontro o Dirigente da ARA Centro, IP, saudou aos presentes e teceu elogios sobre a pertinência de existir a iniciativa. Ainda, na ocasião, o DG, também, enalteceu que esta iniciativa foi uma oportunidade única de os participantes se conhecerem entre colegas e a funcionalidade das suas instalações, ou área de jurisdição.

“Com esta reunião de comunicação, nós consideramos como uma oportunidade importante e única para nos conhecermos melhor, depois de terem visitado as nossas instalações. Espero que está, troca de experiências, na matéria de comunicação, se olhe como um ponto de partida para se estender as nossas relações. E não seja só para área de comunicação, mas, se estenda também, para promover as acções na repartição de faturação e licenciamento entre outros sectores da instituição. Todos somos, responsáveis para transmitir a boa imagem da instituição, e é só uma questão de se transferir conhecimentos daqui para lá, ou, de lá para cá e vice-versa. Muito obrigado.” Disse o DG da ARA Centro, IP, Custódio Vicente para a equipe presente na segunda reunião de comunicação das ARAs. Com estas honras, os participantes, agradeceram a ARA Centro, IP, particularmente ao DSU/Comunicação e Imagem pela tamanha colaboração na organização do evento.

Para Judith de Jong, especialista em comunicação, fez um pequeno briefing sobre o historial deste encontro que remota a cerca de 2 anos com marco inaugurar na ARA Sul, IP, mas, devido as adversidades de trabalho urgiu o envolvimento de outras ARAs, (Centro e Norte) para se harmonizar com os conhecimentos. Dai a razão da materialização destas perenes reuniões quer virtual ou presencial. “Primeiro quero agradecer a ARA Centro, IP em particular ao DSU/Repartição de Comunicação e Imagem pelo nível de recepção e preparação do evento. Este encontro primeiro, iniciou a dois anos, na ARA Sul, IP, marcando com a promoção de uma campanha de sensibilização, cobranças e cadastro de novos utentes de água bruta, onde o balanço foi positivo. Depois deste balanço, houve a necessidade de se envolver outras ARAs, Centro e Norte para promover suas actividades em harmonia dos conhecimentos técnicos e troca de experiências entre as ARAs na área de comunicação.” Enalteceu, Judith de Jong, Coordenadora da componente 3- Comunicação Blue Deal, através de uma Associação holandesa.

Com estas palavras, o Gestor de recursos hídricos na ARA Centro, IP, agradeceu novamente e apelou a todos participantes, ou, aos que chegaram pela primeira vez que se sentissem em casa, uma vez terem visitado os compartimentos desta instituição e conheceram os colegas para interagir.

Aberta a sessão, primeiro coube a ARA Norte, IP, proceder a apresentação do tema “O Papel da comunicação interna para o desenvolvimento das ARAs.” Feita a apresentação na parte reservada para contribuições, apenas os presentes mostraram-se satisfeitos sobre a sensibilidade e relevância do tema. Contudo, ficou o lembrete de como a comunicação interna equilibrada de uma instituição, é crucial para granjear o bom relacionamento com o público alvo das ARAs sem sobressalto. Ainda sobre o tema, sugeriu-se que fosse algo de se apresentar em plenária de sessões destas Instituições/ARAs. 

 A seguir, ARA Centro, IP, procedeu a apresentação Proposta “O Relacionamento com Utentes.” Das conclusões discutidas, notou-se que além do tema trazer capital importância para ser partilhada nesta troca de experiências, também ganhou recomendação a ser submetido na Direcção da instituição para sua apreciação e enquadramento legal.

Já a seguir foi a vez da ARA Sul, IP que por seu turno, contribuiu com o tema “Licenciamento, notificação e penalização dos utentes irregulares.” Sem dúvida,foi um aprendizado bastante penetrante para as outras ARAs, devido a tamanha criatividade envolvida para materialização deste tipo de actividade. Pois, foi a ARA Sul, IP de quem se esperava uma maturidade revestida por dezenas de anos de experiências, caminhando com utentes de água bruta a 30 anos da sua existência. E porque dela a ARA Norte, IP e a ARA Centro, IP, deixar de buscar a suas inspirações para juntos caminharem na diversidade de suas regiões?! Sim, foi assim que se recomendou as outras ARAs para buscarem experiências de campo na ARA Sul, IP, nos próximos encontros de troca de experiências.  Segundo a Chefe do DSU, Maria das Dores que defendeu a humildade e troca de experiências como a chave do aprendizado.  “Da próxima vez, se chegarem na ARA Sul, IP, nós poderemos programar para irmos fazer o trabalho de campo, para verem como nós atuamos no terreno. Vocês vão ter a nocção de como as coisas funcionam. Penso que para melhorarmos com os nossos trabalhos devemos usar a nossa humildade para aprendermos sempre. Por exemplo, eu como a Chefe de DSU, aprendo com os meus colegas, a partir do momento que trocamos as ideias para adequar na nossa realidade no terreno.”  Disse Maria das Dores, Chefe do DSU da ARA Sul, IP.  Ainda neste encontro, este, IP, partilhou a sua experiência de treinamento de Mídias promovido pelo Blue Deal. Com esta experiência que ainda se aguarda na ARA Norte e Centro, IP, foi um passo bem avançado com a gestão de Mídias mesmo em tempo de crise.  Aliás, com apresentação ficou algo essencial de como lidar com os órgãos de comunicação social, no sentido de se esclarecer sobre determinada matéria do Sector.

Já no segundo dia, o encontro tratou de alguns temas cadentes como “Planeamento de comunicação; e Comunicação em tempo de crise,” apresentada pela especialista, Judith de Jong.  Pelo que, a Especialista, apelou as ARAs a incluir nos seus planos de comunicação previsões de crises, inquéritos e monitoria das informações disseminadas nas suas plataformas para aferir do que se diz a respeito da instituição. De Jong, defende que as crises dependem das perceções, pois, nem sempre são crises no seu verdadeiro sentido de culpa institucional. Porém, esclareceu ainda que um mal-entendido sobre a instituição, pode gerar crise como fack news/especulação, havendo assim a necessidade de se debelar. A Especialista vincou ainda que área de comunicação devem saber dos gestores quais são as prioridades da instituição para os profissionais saberem dar o seu melhor no apoio ou assessoria, promovendo as acções nos aspectos relacionados com o cumprimento dos objectivos durante um determinado período.

Em outra abordagem, aquando a visita do laboratório da ARA Centro, IP, os Técnicos afectos naquela unidade laboral, António Élio e Noémia, respetivamente, estes descreveram sobre o seu funcionamento, mostrando os avanços com a análise da qualidade de água e seus desafios como em obter unidades móveis para análise da qualidade de água nas Divisões de Bacias Hidrográficas. Sendo que outras preocupações incidiram com a mineração e certificação do mesmo laboratório. Nestes termos, devido ao interesse de apoio para se rentabilizar o laboratório pelo Blue Deal, Édipo Mirole, Oficial do Programa acresceu que “O Blue Deal, esta a trabalhar com a ARA Centro, IP para a rentabilização deste laboratório e com a certificação do mesmo, irá se impulsionar com a credibilidade das suas actividades.” Afirmou Édipo Mirole, Oficial do Programa Blue Deal, Moçambique. Édipo que ainda noutra ocasião, avançou que já foram disponibilizados os fundos pelo Wetterskip Fryslãn para o avanço dos projectos aprovados neste ano para ARA Sul e Centro, IP, ficando a aguardar a qualquer altura o desembolso de fundos da ARA Norte, IP.

 ESCALADA A REPRESA DE CHACALANGA/AREIA

A escalada a Represa de Chacalanga, vulga “Represa de Areia” sem dúvida, foi o cúmulo de um aprendizado significativo e marcante para quem gosta de buscar conhecimentos ou experiências em gestão sustentável de recursos hídricos resilientes em tempos de crise.

Já no derradeiro momento do encontro na província dos 5Cs (Cahora Bassa, Cabrito, Capende, Calor e Chicoa), província esta que orgulha o país com a maior Barragem, Cahora Bassa que ostenta o maior volume de betão, construída em África, a quarta maior Albufeira da África que produz e fornece maior quantidades de MW/eletricidade para Moçambique, África do Sul, Zimbabué e Malawi. Foi nesta província em que se realizou a segunda reunião de comunicação à Represa de Chacalanga que dista cerca 30 km da cidade de Tete. Esta visita foi algo inédito para quem teve conceito do uso e aproveitamento de água bruta (superficial ou subterrânea), apenas representado no intelecto como das águas dos rios, lagoas, cachoeiras, represas ou barragens e águas dos furos. No terreno as coisas mudaram literalmente, viu-se uma represa sem água a vista da sua superfície, mas com muita água no seu sobsolo adentro. É isso mesmo, em Cachalanga, as águas da represa se encontram encalhadas no seu subsolo adentro. Aliás, há um manancial de água no corpo subterrâneo da represa. Trata-se um autêntico reservatório a montante coberto de areias com água suficiente para atender as necessidades básicas daquela comunidade local afectada pelo fenómeno el niño que aumenta risco de fenómenos naturais extremos, deixando as comunidades do Sul de Tete, num pico muito avançado da crise de águas. Crise esta que só se têm mitigado com o fomento de construção deste tipo de represa de pouco custo em relação as represas habituais, segundo a ARA Centro, IP. Contudo, com a presença de el niño, foi visível no terreno um clima do tipo semiárido. Em Chacalanga, só os campos de cultivos irrigados escapam com aumento da sua floração verde, através de águas da represa de areia que complementaram com um agradar da vista de quem gosta da paisagem dos verdes campos.

Entre tanto, durante a visita dos participantes da reunião das ARAs, entre outros vindos da Holanda numa missão conjunta multissectorial e funcional para àquela represa coberta de areia, segundo o que se apurou do Técnico da ARA Centro, IP, Celso Faife, focal point do projecto, respondendo algumas questões, explicou que a iniciativa teve como objectivo, principal de mitigar com a seca que se verifica na região Sul de Tete. Também respondendo a outras questões disse que “A represa de Chacalanga, é também chamada de areia porque, é um tipo de represa diferente de outras habituais. Este tipo de represa permite-nos conservar a água por um período muito longo, isto é, depois da época chuvosa a população local, têm água suficiente para o consumo humano e irrigação até Dezembro. Com os sedimentos acima da represa estas águas no seu subsolo permitem conservar por muito tempo, porque durante o período seco, as areias servem como protector da evaporação, contrariamente as águas de represas a superfície que sofre a fácil evaporação.” Explicou Celso Faife, Técnico da ARA Centro, IP junto ao Chefe do Departamento, Francisco Macaringue durante a visita da Represa de Areia/ Chacalanga. Refira-se que a iniciativa deste género, já contabilizou cerca de 40 represas para mitigar as secas severas na região desta ARA, através de uma parceria de ONG. Para a resposta sobre os benificiários destas represas, ainda no decorrer da visita não tardou chegar, os visitantes se depararam com um deles, a Sra. Glória Luís Saiene, onde a qual louvou a iniciativa do projecto, justificando que antes a sua comunidade passava mal com a crise de água.  “Antes tinha um único furo de água que nos, facilitava para o consumo humano depois avariou e passamos muitas dificuldades para obter água. Agora já faz cerca de cinco anos que esta represa nos beneficia e estamos muito satisfeitos e agradecidos com esta iniciativa porque, já temos água para o consumo humano também para irrigação das nossas machambas ou campos agrícolas, durante o período seco.”Falava, Gloria Saene, uma das beneficiárias do projecto da represa de areia na comunidade de Chacalanga. 

Importa vincar que a IIª reunião de Comunicação das ARAs, no âmbito de troca de experiências presencial, decorreu quase um ano depois, mas, durante o período intercalado, foram várias as reuniões virtuais que beneficiaram estes promotores de comunicação. No final, houve balanço geral foi positivo sobre o reencontro. O terceiro encontro ficou marcado para região da ARA Sul, IP com espectativas de se transmitir mais conhecimentos em matéria de comunicação para o Desenvolvimento das ARAs.

Por: Wild António Alfredo

COMUNICAÇÃO E IMAGEM

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