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BLUE DEAL, CHEGA NA ARA NORTE, IP, EM CONCERTO DAS MUDANÇAS CLIMÁTICAS E GESTÃO DE ÁGUA.

“Uma equipe de parceiros holandeses chefiada pela Enga., Marijke Jaarsma de Vallei en Veluwe (DWA), Nila Taminiau e Merijn Biemans, no contexto do Programa BLUE DEAL, visitaram e trabalharam na ARA Norte, IP de 19 à 23 de junho do ano em curso, na componentes 3 e 4, nomeadamente, a gestão da água subterrânea e das barragens no cenário das mudanças climáticas. Por este propósito, a equipe foi recebida com afecto do Director Geral (DG), Carlitos Omar, junto a sua equipa técnica, na Sede das suas instalações, na cidade de Nampula. Esta foi uma visita de apresentação, treinamento e concertação das actividades programadas na componente 3 e 4, tida como um dos pacotes muito importante em matéria de gestão sustentável de recursos hídricos, nestes tempos de stress hídrico, aliados as mudanças climáticas que assolam a região deste Instituto Público.” 

Na sequência da visita dos parceiros de cooperação, BLUE DEAL, teve como pano de fundo, apresentar novos modelos de trabalho para implementar nas principais bacias hidrográficas desta ARA, assim como proceder treinamento e trabalho de consultoria para concertação da gestão sustentável de recursos hídricos na região através da componente 3. Aliás, a visita dos parceiros de cooperação dos países baixos, também, baseou-se com o facto de, nos últimos tempos a intensificação das mudanças climáticas, ter ganhado corpo e deixando em extrema vulnerabilidade de riscos e desastres naturais a região deste IP! Refira-se que, com este dilema, os dados recentes apontam que a região passou de forma recorrente a ser palco de eventos extremos hidroclimatológicos, aliados às tempestades de ventos e chuvas ciclónicas muito fortes, que arrasam as comunidades, ou, até o contrário disso a mesma região chega a passar por situação de escassez de água, devido a seca e falta de infraestruturas hidráulicas resilientes para o armazenamento deste precioso liquido na estação seca. Entretanto, as mudanças climáticas, têm sido um paradoxo aterrorizante pela forma recorrente e destímida que traz consigo eventos extremos de chuvas e ventos fortes que deixam rastos indeléveis a vida das populações, tendo como incidência, destruições provocadas pelas cíclicas cheias e inundações a jusante das bacias hidrográficas da ARA Norte, IP. Como consequência, se destacam percas de habitações, vidas humanas/animais, machambas, hospitais, rede viária e infraestruturas hidráulicas de impacto social e económico. Estes fenómenos naturais, não só preocupam à população, mas, principalmente ao governo moçambicano como a ARA Norte, IP e Parceiros de Cooperação. A título de exemplo, o BLUE DEAL, têm vindo a potenciar esta ARA, estratégias com conhecimentos ou experiências positivas dos países baixos/ para possíveis soluções de mitigação e adaptação de desastres hidroclimatológicos na região.

Contudo, em face a presença da equipe holandesa, do BLUE DEAL, na abertura do encontro em Nampula, o DG, da ARA Norte, IP, Carlitos Omar, manifestou o seu agrado pela chegada da equipe, tendo enaltecido pela pertinência da sua presença com a Enga, Marijke Jaarsma, “Muito obrigado, Engenheira Marijke, e à, todos recém-chegados neste solo pátrio e para todos presentes, sejam bem-vindos neste encontro com a ARA Norte, IP. É sempre um grande prazer estarmos aqui para trabalhar durante a semana como uma forma de contribuir, naquilo que poderá nos levar positivamente para o alcance dos objectivos que constam na agenda deste encontro.” Manifestou com agrado, o DG, da ARA Norte, IP, Carlitos Omar. Actualmente, para a ARA Norte, IP, o Blue Deal, se considera como “um parceiro número 01”, em termos de apoio e implementação de projectos de fortalecimento institucional, quer em recursos humanos ou melhoramento das actividades relacionadas com os Utentes de água bruta em benefício de aumento das receitas desta ARA face aos Stakholders.

Por isso, para buscar mais subsídios sobre a essência da visita de trabalho do Programa BLUE DEAL, a nossa equipe de redação fez o acompanhamento da mesma, desde o encontro mantido nos escritórios da ARA Norte, IP, até a visita da Barragem de Nampula e a represa de Maratane. Pelo que se apurou mais da Marijke Jaarsma, hidróloga e ambientalista e Engenheira com experiência de trabalho numa das ARAs holandesa disse que a chegada da sua equipa de trabalho a Moçambique, particularmente na ARA Norte, IP, estava relacionada no âmbito de parceria que existe entre as ARAs, onde a ARA Norte, IP, também se beneficia das actividades programadas na componente 3.  Segundo, Marijke Jaarsma, deu à conhecer que para esta ARA, irá se beneficiar de conhecimentos ligados a gestão de represas um dos pilares da componente 3. E com isso, ficou vislumbrado dos porquês, da visita realizada na barragem e represa em Nampula. Aliás, no âmbito da conversa a nossa fonte soube da Jaarsma do BLUE DEAL “Sobre barragem/represa para esta ARA, terá uma réplica dos conhecimentos estratégicos incutidos e dominados na ARA Centro, IP”. Enquanto, outro destaque foi da percepção do modelo de alocação de água que segundo a hidróloga e ambientalista A alocação de água terá um modelo tecnológico implementado para entender o comportamento das principais bacias hidrográficas e a partir dai ter-se-á um conhecimento das barragens em termos da sua previsão e gestão da água.”

Em outra abordagem, Marijke Jaarsma, elogiou sobre o fluxo das iniciativas tidas na ARA Norte, IP com destaque o plano estratégico de comunicação apresentado pelo Sector de Serviço ao Utente (DSU) para fazer face com aumento das suas receitas. “Vocês, têm boas ideias, é pena que têm tido, falta de fundos para a materialização. Gostei dos conteúdos da proposta do plano estratégicos de comunicação apresentado por vocês, entre outras ideias apresentadas como de capacitação e troca de experiências para fortalecer o Sector. Eu penso que vocês também, tem capacidade suficiente de pensar como os outros que já estão mais avançados.” Anotou, Enga. Marijke Jaarsma, Gestora, do programa BLUE DEAL.  

DESENVOLVIMENTO DE MODELOS

Sobre a abordagem dos modelos de trabalho a serem desenvolvidos na ARA Norte, IP, a Enga., hidróloga, Nila Taminiau, enviada da Dutch Water Authority Ryn & Yssel, onde exerce funções na área de mudanças climáticas e adaptação, a integrante do BLUE DEAL, logo no primeiro dia de trabalho na ARA Norte, IP, começou por apresentar sobre a funcionalidade e metodologias dos modelos a ser implementados na componente 3 para ARA Norte, IP. Nesta apresentação, Nila Taminiau, destacou a necessidade de se contribuir para os modelos de gestão das principais bacias hidrográficas se cingindo em abordar sobre as águas subterrâneas e superficial, assim como sua implementação no futuro. Destacou-se ainda sobre comunicação, metodologias de pagamento e facturação das taxas dos Utentes com uso e exploração de água bruta, e a modelação hidrológica adequada para mostrar a disponibilidades dos recursos hídricos existentes nas represas/barragens.

Para o Eng. Casimiro Buraimo, um dos embondeiros da hidrométria da ARA Norte, IP, viu a chegada dos holandês como um balão de oxigénio para o alívio do stress da gestão de recursos hídrico em tempos das mudanças climáticas na região. Para o Eng. o encontro poderá ajudar com a sua mitigação e adaptação. Segundo, o Chefe Casimiro, os técnicos do seu sector envolvidos no treinamento dado por parte da equipe holandesa, destacaram como passos significativos. “Com os modelos, o software Hydronete que serviram para o armazenamento de dados hidrológicos, WEAP para alocação de água e adaptação as mudanças climáticas irão consistir na identificação de lugares propensos a ocorrências de eventos extremos para definir medidas de mitigação e adaptação”.   Acrescentou    Eng., Chefe da Planificação e   Hidrometrista da ARA Norte, IP, Casimiro Buraimo.

Por seu turno, a conversa mantida com Merijin Biemans, consultor integrante na equipe do programa BLUE DEAL, que trabalha na Holanda, no Departamento de Adaptação em Mudanças Climáticas, mostrou-se firme que o seu primeiro contacto com a ARA Norte, IP, estava focado com aquilo que eram as necessidades que durante a visita iam se levantando para anotar. Segundo o consultor holandês, Biemans até aquele momento, os trabalhos pelos quais estavam a ser levados a cabo iriam de forma desejável. E questionado o que seria feito sobre as mudanças climáticas que assolam a região, por seu turno, o consultor respondeu que a reunião final é que iria identificar os problemas para se buscar a solução como o mesmo passo que irá se usar para mitigação e adaptação das mudanças climáticas. 

Por: Wild António Alfredo

Comunicação e Imagem

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