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BANCO MUNDIAL NO TERRENO DO PROJECTO DE CONSTRUÇÃO DA MAIOR BARRAGEM DE NAMPULA     

“Uma comitiva de Banco Mundial (BM) que abarcou vários Sectores que lidam com água ou obras hidráulicas, chegou de visita de trabalho na cidade de Nampula, a 14 de maio de 2024 para examinar com detalhes sobre o andamento dos estudos preliminares decorrentes no terreno junto aos consultores, sob acompanhamento da Direcção Nacional de Gestão de Recursos Hídricos (DNGRH) e Administração Regional de Água do Norte, IP, dono da obra.”

Sendo que a água é literalmente um liquido vital para quaisquer civilizações do mundo que sempre não se desgrudam dela para garantir o seu desenvolvimento e sobrevivência. Por isso, o Banco Mundial Paceiros de Cooperação de Moçambique a longa data, têm vindo a financiar iniciativas para mitigar as carências com vertente ao pacote de gestão de recursos hídricos, no sentido de juntar-se com as causas de desenvolvimento deste país, e desta vez com a inclusão da região da ARA Norte, IP foi uma combinação perfeita.

Em Nampula, vários foram os actores do Sector de água, ou obras hidráulicas que se juntaram pela causa da demanda de água através da visita de trabalho do BM. Ao todo, estiveram presente, representantes no trabalho quadros do BM, MOPHRH-DNGRH, ARA Norte, IP, AdRN e FIPAG-Central, SGI-Studio Gall (consultores), DPOPH-Nampula e SPI-Nampula.

O encontro contou com presença de cerca de um pouco mais de duas dezenas de quadros envolvidos ao terreno, onde primeiramente dirigiram-se a Barragem de Nampula para uma visita de trabalho. Chegado, a Albufeira de Nampula afinal, ela se encontrava a 100% de enchimento! Mesmo com o fim da época chuvosa. Porém, mesmo assim, neste maior centro urbano da zona norte encontra-se com dilema de água, devido a falta de capacidade desta única barragem.

Ainda na Barragem de Nampula, o BM, através de um dos seus especialistas David Casanova entre outros peritos presentes, buscaram dados técnicos da ARA Norte, IP e da AdRN-FIPAG diante aos consultores obteve-se o historial de funcionamento e outros comentários relevantes.

Na ocasião, a ARA Norte, IP, instituição regional que gere recursos hídricos defendeu a ideia de se potenciar financiamento para construção de mais infraestruturas hidráulicas para armazenamento de água ao nível da sua região. Diante este cenário, Carlitos Omar, Director Geral (DG) da ARA Norte, IP, afirmou que mesmo com aquele enchimento da barragem de Nampula a quantidade de água era muito ínfima, devido ao assoreamento que padece, justificando que o crescente número de habitantes na zona urbana, como motivo “sine qua non” que põe em causa com a sua demanda, mesmo no Sector económico destacando o industrial.  

Em outra abordagem, o DG da ARA Norte, IP deu a entender de forma sucinta que “Esta Barragem foi construída a quase 60 anos destinada para cerca de 120 mil habitantes na altura. Mas, hoje a cidade de Nampula, cresceu muito e alberga cerca de 900 mil habitantes ou mais. E de lá para cá infelizmente a barragem de Nampula, continua a ser única fonte segura para abastecimento de água. Ainda precisamos uma barragem maior para suprirmos com a demanda de água na cidade de Nampula.” Afirmou Carlitos Omar, DG da ARA Norte, IP.

Porque, se tratava de um financiamento para construção de Barragem que poderá aliviar com o sofrimento da população e agentes económicos na demanda de água a cidade de Nampula, o principal Utente da Albufeira de Nampula (ADNRN) como parte interessada, estiveram presente e representados pelo Director de Serviços Central de Investimento, Sérgio Cavadias que veio do FIPAG-Maputo. Cavadias, perante ao DNGRH, BM e os Consultores da SGI-Studio Gall, compactuou com as equações apresentadas para se melhorar com o sistema de abastecimento de água nesta urbe. Mas, o Gestor do FIPAG, considerou urgente a ideia apresentada para alargar a área da Albufeira, com o aumento da altura da Albufeira de Nampula com aumentar um pouco a capacidade de abastecimento de água pelo menos equivalente a 41mil metros cúbicos diários contra os cerca de 30 a 33 mil m³ diários estabelecidos pela ARA N, IP em momentos de enchimento total.  

Acrescendo com estes pronunciamentos, o Director Geral da ARA Norte, IP, Gestor de recursos hídricos, também secundou que “A nossa pressão é quando a água da barragem chega a 60% e de lá para setembro a dezembro o Rio Monapo, têm pouco escoamento e o que se capta não tem sido sustentável para abastecer a cidade.” Acresceu, Carlitos Omar, DG da ARA Norte, IP.

A visita da Albufeira de Nampula, teve incidência de discussão desde a passagem do local onde se encontra a altura da barragem/cota, casa das máquinas e estação de tratamento de água. Contudo, depois dos trabalhos realizados na Albufeira de Nampula, o exercício a seguir   da comitiva foi de rumar ao Distrito de Rapale, local onde se irá construir uma barragem alternativa para a cidade de Nampula e mesmo na Vila de Rapale. 

Todavia, à escalada a Rapale teve prévia comunicação ao Administrador do mesmo distrito e o DG da ARA Norte, IP não se esqueceu do protocolo. Passou a apresentar o Dirigente máximo daquele distrito, Salvador Talapa a equipe dos financiadores do Banco Mundial e o Director Nacional de Gestão de Recursos Hidros entre outros presentes.   

E tecendo algumas considerações sobre o projecto o Director Nacional, Messias Macie como chefe da equipe por parte do governo, agradeceu a Administrador pelo acolhimento do distrito ao projecto. “Excelência só agradecemos o apoio que temos recebido do distrito. Temos a iniciativa de construir uma barragem e o local escolhido é Rapale. Neste momento, há movimentação de técnicos no terreno fazendo levantamento geotécnica, tipografia e terremos necessidade de terra para o nosso trabalho. Muito obrigado Excelência.”  Em poucas palavras afirmou, Messias Macie, Director Nacional de Gestão de Recursos Hídricos.

Na sua intervenção, o Administrador de Rapale, considerou de uma iniciativa ambiciosa e assim sendo desejou boas vindas à todos envolvidos e ao projecto estando disponível em apoiar no que for preciso.“Sejam bem-vindos, é uma honra receber este tipo de trabalho, muito mais quando se trata de um assunto mais importante para a população como água. Tenho muita sorte de, no local onde eu trabalho construir-se uma barragem como quando eu estava em Monapo. Pois, é muito bom, e nós como representantes do Estado, estamos disponíveis a ajudar ou apoiar naquilo que for possível.” Afirmou o Administrador de Rapale, Salvador Talapa na ocasião da recepção da comitiva que acompanhava os representantes do Banco Mundial no seu Gabinete de trabalho

Sobre a necessidade de terra para reassentamento, segundo o governante a resposta foi seguinte “Sobre a questão de reassentamento em Rapale existe muitas terras aráveis para os afetados e acredito que lá não existe tantas casas. Só campo de cultivo.  O projecto é nosso, e o que for necessário nos envolvam para trabalharmos juntos.”  Respondeu Talapa, Administrador do Distrito de Rapale.

Depois do encontro com o Administrador, a comitiva chegou ao local de trabalho, onde constatou uma zona quase sombria, aliás uma povoação quase sem residentes. Mas, com muita terra com destaque a matagal e prática de agricultura de subsistência. Vias de acesso deficitário, por isso, houve uma ginástica obrigatória.  Nesta senda, a equipe teve que abandonar as viaturas para percorrer na mata adentro, cerca de 3 Km caminhando até ao local onde se localizou o eixo de referência para a projeção da Barragem.  Local este indicado pelo Eng. Malala, Chefe das Obras Hidráulicas e Manutenção da ARA Norte, IP. Os trabalhos decorreram ainda no matagal sem sobressaltos, até quando o sol já se ia deitar. Entretanto, discutiu-se sobre o que os consultores tinham por apresentar dos estudos preliminares feitos.

Contudo, a SGI-Studio Gall, consultores, deu à conhecer a comitiva que no momento a equipe de geólogos estavam no processo de trabalhos de geotécnica que é importante para análise da qualidade de solos ou rochas numa primeira fase. No local mais questões e propostas foram dadas.  Mas só no dia seguinte as questões técnicas que se pretendiam saber foram apresentadas pelos consultores e discutidas na sala de reuniões da ARA Norte, IP. Entretantos, respondendo a inquietação lançada pelo BM sobre o envolvimento de analise hidrológico foi apresentada uma projeção de 41 Milhões de metros cúbicos para se ter água suficiente na cidade de Nampula com um nível de rio de 410 a 415. Também, estimou-se cerca de 40 casas encontradas segundo as informações de satélite detalhadas. Portanto, David Casanova do BM foi apologista ao reiterar que ser importe a simulação hidrológica para se determinar o trabalho social que deve se integrar a um plano estratégico de comunicação. E porque esteve no terreno aconselhou a brevidade de se realizar os trabalhos socias para se evitar oportunismo.

Para consultoria chefiada pelo Geólogo, Vincenzo Marsala, aquele local era viável em termos de redução de despesas pela distância de cerca de15 Km até a barragem de Nampula, outrossim, devido a queda de água por gravidade que lhe da mais vantagem.

Em outra discussão, o Eng. Hidráulico, Cornélio Matavele da consultoria, SGI-Studio Gall, respondeu que dados analisados são do INAE que se projetou sobre o número de habitantes vão beneficiar da água da barragem até 2035 a 2050, vincou ainda que se estimou a captação “per capta” por cada habitante. Pois, com a construção desta barragem poderá ter a capacidade de se captar 106 mil m³/dia contra cerca de 33 máximos contra os actuais quando a barragem de Nampula se encontra no pico/transbordar.  De um modo geral, a apresentação também trouxe soluções de longo prazo como prioridades para além do ponto que se pretende construir a Barragem em breve. Portanto, os consultores simularam vários cenários com impactos de volumes, valores e vantagens para cada um dos locais como Macuje; Macuje e Mutivaze; Macuje e Muecate; Mecuburi; Namara; e Marita.   

Por: Wild António Alfredo

COMUNICAÇÃO E IMAGEM

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