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A Divisão de Gestão da Bacia do Lúrio – DGBL, com sede na Vila de Namapa, Distrito de Erati, província de Nampula, a cerca de 250 KM da cidade de Nampula, é responsável pela gestão operacional dos recursos hídricos da bacia hidrográfica abaixo descriminada:

BACIA HIDROGRÁFICA DO RIO LÚRIO

A bacia do rio Lúrio é a maior bacia hidrográfica inteiramente Moçambicana, com uma área de cerca de 61,000 km2, abrangendo as províncias de Niassa, Cabo Delgado, Nampula e Zambézia. Esta bacia faz fronteira a Norte com as bacias dos rios Lugenda, Messalo, Montepuez, Megaruma e a Sul com as bacias dos rios Licungo, Ligonha, Molocuè, Mecuburi e algumas pequenas bacias costeiras. 

Esta bacia tem a forma de uma elipse com a diagonal principal com cerca de 600 km. O seu factor de forma é 0.23, indicando que a bacia tem pouca propensão a cheias. Nasce no Monte Malema no Posto Administrativo de Molumbo a uma altitude de cerca de 1300 m, e tem a sua foz próximo do Posto Administrativo de Lúrio. Os afluentes principais são Muanda, Nihuregè, Luleio, Muataza, Rurruma, na sua margem esquerda, e na sua margem direita os rios Lalaua, Malema e Nalume. 

A topografia da bacia é caracterizada pela existência de montes dispersos com altitudes entre 1500 a 2400 m, uma zona de Mesoplanície com cotas entre 1000 e 1500 m, e uma planície baixa, abaixo dos 200 m, que vai até ao mar.  

A precipitação anual média é aproximadamente de 1100 mm. O escoamento anual médio estimado é de 7,000 Mm3, e o escoamento anual com 20% de probabilidade de ocorrência é de 4,500 Mm3.  

A sub-bacia com maior coeficiente de escoamento é a do rio Malema. Nesta bacia a precipitação anual é de 1000 mm e gera 300 a 500 mm de escoamento superficial; em toda a bacia, a mesma precipitação gera apenas 120 mm de escoamento superficial. No relatório “Avaliação do potencial de desenvolvimento e inventariação dos recursos hidráulicos da bacia do rio Lúrio” elaborado em 1980 pela Hidrotécnica Portuguesa, foram identificados os principais usos potenciais de recursos hídricos. Neste sentido, foram estudados os potenciais de irrigação, produção de energia hidroeléctrica, exploração de recursos minerais. 

A produção total de hidroenergia pode atingir 6,000 GWh, mas apenas 50% deste valor pode ser garantido em 95% do tempo. É na sub-bacia do Malema que se concentra o maior potencial. 

Cerca de 2,000,000 ha foram identificados como tendo potencial para a agricultura, dos quais 500,000 ha poderão ser irrigados em 80% do tempo. A selecção deste último valor baseou-se nas características dos solos bem como no potencial de armazenamento de água e nas características topográficas. 

Os maiores perímetros de irrigação estão localizados ao longo do rio principal e dos afluentes Mecequesse, Nihuregè, Niouce-Mipuipui e Rurrumana. 

Devido às condições climáticas, apenas 40% da área total da bacia pode confiar na chuva para garantir uma época agrícola por ano.